Cinema na Sala de Aula

O cinema é uma arte universal e que atinge todos. Cada vez mais o uso de filmes dentro da sala de aula é constante. Uma prática que facilita o aprendizado pelo seu lado lúdico mas que desperta o lado cognitivo do aluno. Seja com filmes históricos, de guerra, documentários, ficções com um tema claro, o cinema consegue passar informações, se bem trabalhado, que facilita a atividade do docente à frente da sala e o aprendizado dos alunos. Desde o ensino fundamental até faculdades já utilizam essa experiência na revolução da educação do país e na busca pelo aprendizado em tudo que nos ronda. Para inspirar as escolas a darem esse passo seguem quatro dicas de filmes que se passam em escolas e salas de aulas, com lições e críticas aos problemas do sistema educacional que assolam o mundo todo.



Entre os Muros da Escola - A atual França é composta por uma diversidade étnica enorme e a intolerância entre os grupos está refletida nas salas de aulas. O professor François vive diariamente em um recinto que em nada parece o que deveria ser um local de aprendizado. Não há respeito ao mestre, não há interesse e não há educação básica, aquela vinda de casa. Este filme é um retrato de como a profissão de docente é cada vez mais difícil e menos valorizada. Temos grandes embates e as soluções não são as que realmente nós queremos ver. Mas é porque a verdade sobre o que acontece dentro dos muros, é difícil. Clima documental que o filme nos passa deixa tudo ainda mais denso, como se estivessemos sentados na última carteira vendo aquela barbárie acontecer. Que não seja a regra, mas temos muitas exceções por todo o mundo educacional.


Escritores da Liberdade - Este filme, estrelado por Hilary Swank, tem uma temática muito próxima à “Entre os Muros da Escola”, porém é ambientado nos EUA e, apesar de ser baseado em fatos reais, é mostrado de forma ficcional. A novata professora Erin tem a dificil missão de dar aula à sala mais complicada daquela escola. É envolvimento com gangues, grupos formados, uma verdadeira panela de pressão pronta para explodir. A professora consegue entender os defeitos e com técnicas educacionais consegue aos poucos “domar” aqueles “bárbaros” e ensinar além da Lingua Inglesa, um pouco de respeito. Uma lição de mudança comportamental individual e coletiva.


Clube dos Cinco - Fim de semana na escola como penitência. Essa é a base de todo o filme que mostra cinco alunos totalmente diferentes integrados na mesma biblioteca em castigo à atitudes tomadas durante a semana. Aos poucos, com esperteza, sensibilidade, graça, empatia o grupo harmonizá-se como uma pequena família formada em uma tarde. As dificuldades pessoais expostas e compartilhadas fazem dessa comédia dramática de John Hughes um marco da rebeldia dos anos 80. O grupo unido naquele sábado será pequeno clube a partir daquele dia e que dificilmente se separará, apesar da preocupação com as aparências. Grande história de como a escola e sua comunidade podem determinar como cada ser humano sairá de lá.

O Clube do Imperador - A escola St. Benedict’s sempre foi conhecida por ser exclusiva à nata da sociedade norte americana. Apenas os filhos dos poderosos poderiam adentrar e desfrutar da possibilidade de ser ensinado neste recinto. William Hundert (Kevin Kline) é um professor responsável e muito culto, sempre citando os filósofos gregos e romanos, na busca pela formação do caráter daqueles alunos. Tudo vai muito bem e dentro da ordem até que Sedgewick Bell, filho de um importante senador entrar na escola, contestando e criticando o ensino da escola. Apesar dos embates o Sr. Hundert vê em Bell um potencial incrível a ser trabalhado, porém entende que o caráter não pode ser formado, ele já está dentro de cada um, apenas as arestas podem ser aparadas. Grande filme sobre educação e os limites da possibilidade de ensino. Temos nesse filme de 2002 grandes atores da atualidade em uma fase muito jovem, como Emile Hirsch (Na Natureza Selvagem), Paul Dano (Sangue Negro e Pequena Miss Sunshine) e Jesse Eisenberg (A Rede Social).


Parte desta matéria foi veiculada na Revista City Penha, edição 48, de novembro de 2010. E certamente voltaremos a falar sobre cinema na sala de aula de forma mais completa e contundente.

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