Geral

Nome Original: Geral
Diretor: Anna Azevedo
Ano: 2010
País: Brasil
Elenco: Geraldinos.
Prêmios: Melhor Curta no Festival Internacional de Documentários do Irã - Cinema Verité e no Grande Prêmio do Cinema Brasileiro. Melhor Filme - Júri Popular da Panorama Carioca no Curta Cinema, Prêmio Destaque Feminino e Especial do Júri na Competição Internacional no Femina, Prêmio Especial do Júri no Festival do Rio, Melhor Edição no Vitória Cine Vídeo e Melhor Edição de Som e Filme no Cine PE.


Jaz aqui um ser alegre, destemido e que a todo custo fazia a alegria nacional. Geraldino do Maraca.

O fim se aproxima e com ele vão milhares de almas que ficarão apenas fisicamente em outro lugar. Não, o Maracanã não sumirá do mapa mas sua marca registrada já não existe mais. Geraldino é sinônimo de Maracanã. Antes um templo, agora, apenas mais um estádio, cheio de lugares numerados, organizados... burocráticos. A alegria, naturalidade e simpatia que a geral exalava carregava junto do mais feliz de todos. A felicidade se foi. O cimento voltou a ser mal ocupado, onde o cinza ficou ainda mais cinza. Os geraldinos estão órfãos. O Maracanã está morto.

Anna Azevedo conseguiu com esse curta mostrar exatamente os últimos momentos em que o futebol brasileiro ainda respirava momentos de felicidade real, espontaneidade e alegria. Sejam flamenguistas, pó-de-arroz, cruz-maltinos ou fogos, a geral tornou-se habitat do último resquício de alegria no futebol. O resto é organização desorganizada, violência, rivalidade bruta e futebol. Sim, o futebol está lá, mas sem o geraldino, a arte não existe mais. Uma visão de dentro e de fora, com ar melancólico e saudosista diante de um esporte que já foi orgulho nacional. O negócio matou o futebol, matou o geraldino.

Vitor Stefano
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