Oceanos
Nome Original: Océans
Diretor: Jacques Cluzaud e Jacques Perrin
Ano: 2009
País: França, Suiça e Espanha
Elenco: Pierce Brosnan, Pedro Armendáriz Jr., Jacques Perrin
Prêmio: Cesar de Melhor Documentário.
Trata-se de um documentário que merece ser admirado, aplaudido, aclamado, não somente pelas imagens, que compõem, diga-se de passagem, uma poesia visual sem precedentes, mas também pela ideologia por trás de cada quadro. Tem fotografia, proposta e roteiro impecáveis. Detalhe: ao invés de investir em informações e dados científicos sobre a vida marinha, a opção é simplesmente mostrá-la em tais circunstâncias, de que “uma imagem vale mais que mil palavras”, que particularmente sentimos.
A narração, presente em outros documentários, aqui, só flutua, poética, serena e contemplativa, e ajuda a tornar a obra uma experiência meditativa e relaxante. Com o tempo acabamos fazendo parte da vida marinha. A riqueza maior do projeto se encontra nas profundezas abissais, permeadas de seres aquáticos diferentes e belos em sua complexidade.
Diretor: Jacques Cluzaud e Jacques Perrin
Ano: 2009
País: França, Suiça e Espanha
Elenco: Pierce Brosnan, Pedro Armendáriz Jr., Jacques Perrin
Prêmio: Cesar de Melhor Documentário.
“Realidade pálida de uma diversidade que não
existe mais”. É assim que o narrador define o conhecimento que temos das
vidas que não vemos. Daquelas tantas, inúmeras e indizíveis que habitam os
mares, daquelas que, talvez, só estejam disponíveis nos aquários, zoológicos,
empalhados em museus, ou, até, na prateleira do mercado. É através dessa
realidade montada que a maioria de nós tem a ínfima noção de seus movimentos,
sua harmonia, sua cor. “Oceanos”, porém, nos transporta para águas reais e
vivas. O resultado é, simultaneamente, um balé aquático e uma investigação
científica.
Trata-se de um documentário que merece ser admirado, aplaudido, aclamado, não somente pelas imagens, que compõem, diga-se de passagem, uma poesia visual sem precedentes, mas também pela ideologia por trás de cada quadro. Tem fotografia, proposta e roteiro impecáveis. Detalhe: ao invés de investir em informações e dados científicos sobre a vida marinha, a opção é simplesmente mostrá-la em tais circunstâncias, de que “uma imagem vale mais que mil palavras”, que particularmente sentimos.
O filme
foi estabelecido em grande parte pela criatividade e consegue diminuir a
distância entre o fundo do oceano e os confins do universo, criando em imagens
uma junção dos dois extremos, deixando claro que tudo faz parte de uma mesma
engrenagem. O papel do homem neste contexto acaba sendo apenas o de um
observador privilegiado.
A narração, presente em outros documentários, aqui, só flutua, poética, serena e contemplativa, e ajuda a tornar a obra uma experiência meditativa e relaxante. Com o tempo acabamos fazendo parte da vida marinha. A riqueza maior do projeto se encontra nas profundezas abissais, permeadas de seres aquáticos diferentes e belos em sua complexidade.
Em suma, o
documentário não intenciona educar, mas sim evocar no público um clima de
humildade perante o grandioso universo marítimo, em grande parte desconhecido.
Fazer-nos entender que devemos preservar a imensa quantidade de formas de vida
que dependem dos oceanos para sobreviver e, também, perguntarmo-nos, não o que
é o oceano, mas onde, exatamente, estamos.
Contribuição de MATEUS MARQUES TOZELLI para o Sessões direto de Brasília.
Contribuição de MATEUS MARQUES TOZELLI para o Sessões direto de Brasília.
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