Argo




Nome Original: Argo.
Diretor: Ben Affleck.
Ano: 2012
País: EUA.
Elenco: Ben Affleck, Bryan Cranston, Alan Arkin, John Goodman, Victor Garber, Tate Donovan, Clea DuVall, Scoot McNairy, Rory Cochrane, Christopher Denham, Kerry Bishé e Kyle Chandler.
Prêmios: Globo de Ouro de Melhor Filme de Drama e Melhor Diretor.
Argo (2012) on IMDb




A quebra de barreiras diplomáticas podem causar grandes revoluções, principalmente quando falamos de países extremistas. Somos de um país que após anos de sofrimento, consegue andar de cabeça erguida em ser um dos poucos que respeita a liberdade dos seus indivíduos. Claro que estamos longe de qualquer paraíso, mas o Brasil é um país livre apesar de suas intolerâncias. Livre de guerras, ditaduras, imposições. Quem não viveu os tempos de chumbo não tem ideia do que é viver sobre a batuta de um líder. Não sabemos o que o povo de países islâmicos vive. Não podemos saber, pois é uma realidade muito longe da nossa.  Parece até outro planeta com espaçonaves, robôs e controlados por um espectro rei que domina a vontade de todos. Não há liberdade para quem não tem condições de pensar.

“Argo” é um filme canadense de ficção cientifica, cheio de efeitos especiais, naves espaciais, alienígenas, armas supersônicas e exércitos interestelares. Pegando o gancho de “O Planeta dos Macacos” e “Star Wars” será um grande sucesso para os anos 80. Seria, se não fosse filmado no Irã, durante a primeira ocupação americana ao Afeganistão e quando os EUA exilaram o Xá, ameaçado de morte pelos rebeldes que o derrubaram do poder. Seria, se não houvesse 6 americanos foragidos durante a invasão à embaixada estadounidense em Teerã. Seria, se não fosse improvável. Essa foi a ideia do agente da CIA, Tony Mendez. A melhor das piores estratégias para resgatar os foragidos. Parecem filmes que vemos aos montes sobre resgates. Mas “Argo” não se vê aos montes. “Argo, Foda-se”.


Taquicardia. Esse é uma sensação que dificilmente quem vê “Argo” não sentirá. Toda a montagem, a trilha sonora, a perfeita caracterização e as atuações criam um clima muito envolvente. As posições políticas, os ideais, o antiamericanismo conseguem se manter do lado de fora da porta enquanto estamos sendo sugados pelo ritmo que Ben Afleck deu ao filme. Cheio de atores absolutamente desconhecidos, “Argo” se sustenta em com um roteiro absurdamente bem estruturado deixam o filme como impossível de não se gostar. Além de Affleck, John Goodman e Alan Arkin são as únicas caras conhecidas no filme. É a grande afirmação e confirmação que Ben Affleck é mais do que um rosto bonito em Hollywood. Do subúrbio de Boston de “Medo da Verdade” e “Atração Perigosa” para o mundo, num filme universal, sobre a libertação humana.

Vitor Stefano
Sessões

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