A Busca
Nome Original: A Busca
Diretor: Luciano Moura
Ano: 2013
País: Brasil.
Elenco: Wagner Moura, Mariana Lima, Brás Antunes e Lima
Duarte.
Prêmios: Melhor Filme de Ficção pelo voto popular no
Festival de Cinema do Rio.
Estou atrás de alguém. Desde que você saiu pela porta minha vida não foi mais a mesma. Vou e só voltarei com você comigo. Sua mãe está desesperada porque não tem notícias suas, não sabe aonde você se meteu. Acredito que a sua rebeldia adolescente é comum, te entendo. Acho que sou o motivo maior pelo qual você fugiu. As brigas com sua mãe tornaram-se mais comuns desde que nos separamos. Mas eu brigo com ela porque eu a amo, filho. Desculpe mesmo. Estou descontrolado sem vocês ao meu lado e ainda pior agora, que você sumiu. Para onde fostes? Ó, para onde? Vou achá-lo, abraçá-lo, voltar para casa, voltarmos a ser uma família. Vou até o fim do mundo, mas vou encontrá-lo. Mas aonde você está? Acho que a pergunta que preciso fazer é: Quem sou eu?
O filme “A Busca”, longa de estreia de Luciano Moura parte da briga entre os pais Theo e Branca, em fase de separação, faz com que Pedro, filho de 15 anos, suma no final de semana sem saber para onde foi. A busca do nome do filme está claramente ligada à saída do pai em busca do filho. Mas para onde poderia ter ido? Quando descobrir onde Pedro está, a sua busca será mais dolorida. Durante a peregrinação atrás de Pedro, Theo incorpora uma espécie de Forrest Gump ou como o próprio Wagner Moura disse: o filme é estilo “Procurando Nemo” mas com pessoas mais maduras. Uma série de elementos inacreditáveis acontece até que ele descubra o destino do rebento. Um pouco fantasioso, mas se ele não tivesse vivido e seu filho de 15 anos lhe tivesse contado, ele iria desacreditar. Uma provação. Na dúvida, desista.
“A Busca” é competentíssimo no seu objetivo. Entreter,
aprofundar, imaginar. Claro que a presença de Wagner Moura é quem dá status ao
filme, mas a presença de Mariana Lima e do estreante Brás Antunes dão a
profundidade ideal e necessária à trama. Nem dá pra falar de Lima Duarte. O
grande mérito do filme é o ritmo. Os momentos de reflexão e da ação são bem
intercalados e intrigantes. Essa evolução nos faz entrar na história, que mesmo
por vezes fantasiosa, é deliciosa. Vale a pena cada minuto. Não é o filme do
ano, mas é um dos filmes a serem vistos no ano. Bela esteia de Luciano Moura.
Que venham mais. Isso é cinema nacional.
Vitor Stefano
Sessões Brasil
Belo texto, Vítor!
ResponderExcluirAinda não consegui assistir, mas não passa desta semana...
Quando vir, comentarei aqui.
É sempre um prazer esperar ansiosamente por um filme nacional.
Abs!