A Garota da Fábrica de Caixas de Fósforo
Nome Original: Tulitikkutehtaan tyttö
Ano: 1990
Diretor: Aki Kaurismäki
País: Finlândia.
Elenco: Kati Outinen, Elina Salo e Esko Nikarri
Prêmios: Inerfilm Award e Menção Honrosa no Fórum do Novo
Cinema no Festival de Berlim.
Um nome longo e estranho. O que vamos ver nos próximos
minutos está claro pelo nome. Sim, uma garota, mas qual seu nome? Nunca
saberemos. O gélido clima dos países nórdicos congelam também os sentimentos. É
por lá que dizem ser a maior taxa de suicídio e não por menos. Quem aguentaria
passar quase o ano todo abaixo do zero grau, sem ver os vizinhos, sem ver o
sol, sem ter calor para se aquecer. E quando dentro de casa a tal garota é
consumida e sugada pelos pais que só querem que ela trabalhe para sustenta-los.
E convenhamos que o trabalho dentro de uma fábrica de caixas de fósforo não é
dos mais animadores. Uma paixão poderia mudar tudo? Muda. Poderia ser para
pior? Claro que pode, pois sofrimento pouco é bobagem. Ser um objeto no
trabalho, um escravo dentro de casa e uma meretriz na sociedade não é fácil
para ninguém. Há saída para isso? Nada que uma boa dose de veneno de rato não
ajude. Nada que a frieza de Kaurismäki não possa nos forçar a pensar. Nada que
o mundo real não nos prepare. A vida monótona cria bombas relógio dentro da
própria mente. Cuidado que alguém vai pagar por isso.
Vitor Stefano
Sessões
A garota tem nome. Duas vezes o nome dela aparece. No bilhete que ela deixa para o homem que conheceu na boate e no carta que ela envia para o mesmo. Ela se chama Íris.
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