Disconnect


Nome Original: Disconnect
Ano: 2012
Diretor: Henry Alex Rubin
País: EUA.
Elenco: Jason Bateman, Hope Davis, Frank Grillo, Michael Nyqvist, Paula Patton, Alexander Skarsgard.
Sem Prêmios.
Disconnect (2012) on IMDb


O mundo da internet é uma vasta floresta de pecados e conhecimento. Uma ferramenta complexa, aliás, é mais do uma ferramenta. É um organismo vivo, uma mutação ambulante, uma vida sem sentimentos, mas que pode ferir mais do que apenas sentimentos. A invenção de uma rede mundial serviria para achatar o mundo, diminuir distâncias, mas que por vezes faz exatamente o contrário, escondendo o realmente importa do ser humano: o ser ou melhor, o humano. Em perfis falsos somos um super-herói, nos expomos como salvador da pátria e vivemos como reis abastados. Depende apenas de quem você quer ser naquele dia. O melhor mesmo seria, plagiando de forma moderna a MTV, desligar o computador e ler um livro. E não me venha com livros online.

A verdade é que não vou me atentar a descrever para vocês detalhes de cada uma das 3 histórias que correm em paralelo em “Disconnect”, mas sim em abordar os temas amplos e como esse filme anda junto com outros tantos abordando essa nova geração informatizada. Podemos lembrar da maravilhosa montagem da trilogia do Iñarritu.  Impossível ver e não nos remeter a “Crash – No Limite”, por sua diversidade de personagens. E quando o assunto é bullying ou sua vingança, vimos uma grande quantidade de filmes como “As Melhores Coisas do Mundo”, “Elefante” e “As Vantagens de Ser Invisível”. E não dá para não lembrar do novíssimo “Depois de Lúcia”. Mas a verdade é que “Disconnect” é tão bom ou melhor que todos esses filmes e não apenas por seu final impactante. Aliás, é um dos melhores do ano, indubitavelmente, mesmo com o apelo melodramático em quase todo o filme. Um elenco afinado e sem grande estrelas de Hollywood, que mostram que um ótimo roteiro pode transformar meros estreantes e coadjuvante em possíveis estrelas.

Quanto mais modernas as relações interpessoais, menos pessoais elas ficam. Menos humanas elas ficam. Menos humanos nos tornamos. Desligue-se da internet e vá ver o filme. Mas saia com segurança, pois alguém pode invadir a sua conta bancária.

Vitor Stefano
Sessões

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