A Árvore da Vida


Nome Original: The Tree of Life
Ano: 2011
Diretor: Terrence Malick
País: EUA
Elenco: Brad Pitt, Sean Penn, Jessica Chastain e Hunter McCracken
Prêmios: Palma de Ouro do Festival de Cannes.
A Árvore da Vida (2011) on IMDb

 

No Big Bang, na criação Divina, nas explosões cósmicas, criações advindas de Adão e Eva, e os dinossauso e o céu ou o inferno. A recriação da criação, as questões básicas da vida, as dúvidas que nunca serão respondidas fazem parte d”A Árvore da Vida”. Mas não apenas fazem parte, Terrence Mallick nos transporta para esse mundo desconhecido, irreal, fazendo com que acreditemos na evolução. De onde viemos? Para onde vamos? Qual a nossa função? Deus existe? Não existem respostas definitivas. Não há finitude na beleza. Olhar para cima tornou-se um rito. Olhar para o horizonte. Perdoar. Questionar. Sentir.

O vazio da pergunta sem resposta nunca foi tão belo. “A Árvore da Vida” é de uma beleza digna de exposição no Louvre. Terrence deveria trabalhar no Discovery Channel, pois a natureza nunca foi tão linda. Os arranha-céus nos causam vertigem. Os cosmos parecem explodir a nossa frente. A evolução parece verdade incontestável. Poderia ser um documentário, se a história da família fosse excluída. Mas se não houvesse família, não veríamos a maravilha feita. E quando digo que é um vazio lindo, é também porque o filme é absolutamente pretencioso. Responder perguntas que não tem respostas geram filmes sem pé nem cabeça ou filmes com pé e cabeça, mas sem membros e tronco. “A Árvore da Vida” se encaixa na segunda opção, mas nem pensar em falar mal do filme. É uma espécie de milagre cinematográfico.





Terrence nunca foi um diretor fácil, mas este é o mais complexo e talvez o seu melhor. Talvez. Não é um filme para qualquer um. Certamente muitos na primeira hora dormiram como um bebê. A história da família, do filho no futuro, da criação e todas os seus desenrolares, é um filme feito por um megalomaníaco. Brad Pitt e Sean Penn no elenco são meros coadjuvantes. As crianças e a mãe, Jessica Chastain estourou para o mundo nessa película. E com merecimento. Mas todos são meros coadjuvantes no filme perto de Alexandre Desplat e sua trilha sonora maravilhosa. Poderia virar uma peça a ser tocada por qualquer filarmônica do mundo. Mas nada disso seria possível sem Malick, que é o verdadeiro personagem central. Sem Malick, seria uma bobagem. Com ele, é uma obra-prima, mesmo que você não tenha entendido nada. Aqui, o Caos também reina.


Vitor Stefano
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