Capitão Phillips



Nome Original: Capitain Phillips
Ano: 2013
Diretor: Paul Greengrass.
País: EUA.
Elenco: Tom Hanks, Catherine Keener, Barkhad Abdi, Faysal Ahmed, Mahat M. Ali.
Prêmios: Filme do Ano no AFI Awards, Melhor Ator Coadjuvante (Abdi) no London Critics Circle Film Awards, Melhor Roteiro Adaptado no Writers Guild of America.

Capitão Phillips (2013) on IMDb 
 

O mar é prisão. O mar é belo. O mar algema. O mar é perigo. O mar liberta. Até parece, mas não é nenhuma música da família Caymmi. Logo no começo, numa cena familiar e em “terra”, a conversa entre o capitão e a esposa versa sobre a dificuldade e periculosidade da profissão, mesmo com mais de 30 anos de experiência.  A partir daí começa a fase “molhada”. A história verídica de Richard Phillips, capitão do cargueiro Maersk Alabama, que ia de Omã ao Quênia e foi surpreendido por piratas somalis. Não pense em Jack Sparrolw. São piratas contemporâneos, reais, perigosos, com armas e dispostos a tudo pela carga. Em abril de 2009, o alvo era o Maersk. E a principal vítima foi o tal Capitão Phillips. 


Um filme em alto mar pode dar vertigem, náuseas e até fobia por não ver nenhum ponto de terra ao longo de quase todo o filme. Uma espécie “Gravidade” em alto mar. Claro que não há todo o esquema tecnológico que nos faz entrar no personagem no filme do Cuarón, mas é recompensado pelo ótimo roteiro, pela força das atuações e com toda parafernália americanóide de justiceiros do universo. Mas é isso? Um filme de resgate como tantos outros nesse mundo Hollywoodiano? Não. O roteiro é o grande destaque com reviravoltas, nuances psicológicas, humor cáustico e... tem Tom Hanks. Você me dirá: “há quantos anos Tom Hanks não faz um trabalho fantástico?”. Fez. Não só, mas os últimos 5 minutos já valem a indicação ao Oscar e comprovam (se é que precisava de comprovação) o gigante ator que ele é. A atuação precisa do veterano dá abertura a que os atores (não profissionais) que interpretam os piratas brilhem, com destaque para Barkhad Abdi. Greengrass fez seu melhor filme. Um filme que entretém, faz pensar as condições humanas e merece ser visto, nem que sejam apenas os 5 minutos finais.

Vitor Stefano
Sessões

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