Philomena



Nome Original: Philomena
Ano: 2013
Diretor: Stephen Frears.
País: Reino Unido, EUA e França.
Elenco: Judi Dench e Steve Coogan.
Prêmios: Melhor Roteiro no Festival de Veneza e Melhor Atriz Britânica (Judi) no London Critics Circle Film Awards.
Philomena (2013) on IMDb


Uma mãe em busca de um filho que lhe foi tirado. 50 anos depois. Um segredo tão grande que não mais cabia em seu peito, em seu coração. Saber dele é a angustia que não quer mais carregar. O destino uniu a mãe Philomena Lee e o jornalista recém-desempregado Martin Sixsmith. Um homem que ainda busca um rumo para sua vida profissional. Escrever um livro? Só se for da história russa. Mas porque não histórias de interesse humano? A vida de Phil daria um livro, ainda melhor se relatasse a busca pelo filho retirado da mãe, ainda adolescente, enclausurada numa abadia no interior da Irlanda.  Essa aventura é quase um road movie intercontinental onde os personagens se desnudam nas descobertas, integram os cenários, interagem como se não houvesse mais mundo. As tristezas são superadas pela recompensa de viver. Phil e Martin são carne e unha. São mãe e filho. É algo que é difícil explicar. 

“Philomena” é uma graça e merece ser visto. Não apenas pela história, pelas atuações. Não apenas porque concorre ao Oscar. Não apenas porque é leve e profundo. “Philomena” é um retrato de uma época que existe apenas nas memórias dos mais velhos. Quem viveu a década de 50 está envelhecendo, esquecendo as lembranças e vivendo por viver. Envelhecer é um pecado para quem ama viver. A encantadora Phil é guerreira, tem brio, é forte e coragem. O humor britânico está lá, de forma suave e preciso. A crítica à estrutura da Igreja é forte,  impactante e cai bem no contexto. Uma história pra ver, pensar, repensar e refletir. E perdoar depende apenas de quem foi viveu. “Philomena” nos faz querer viver. Um filme cativante.

Vitor Stefano
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