Divergente



Nome Original: Divergent
Ano: 2014
Diretor: Neil Burger
País: EUA
Elenco: Shailene Woodley, Theo James, Kate Winslet, Ashley Judd, Zoë Kravitz, Miles Teller e Jai Courtney.
Prêmio: Personagem Favorito (Tris - Shailene) no MTV Movie Award.

Não comecem comparando com o livro. Aquela velha máxima onde o livro é o livro e o filme é o filme. De cabeça consigo lembrar de apenas 2 filmes que são melhores que o livro ("Mar Adentro" e "O Escafandro e a Borboleta") e ambos tem a peculiaridade de serem relatos de seres humanos sobre sua degradação física. Quando se tratam de ficções essa missão é quase impossível (destaque para a Trilogia do Senhor dos Anéis). Portanto, desde já, nem vamos comparar (até porque nem li o livro). 

Para quem, como eu, nunca tinha ouvido falar do livro e da trilogia, não fique preocupado pois logo no começo há uma ótima explicação da lógica do que veremos pelos próximos filmes da quadrilogia (trilogia em livros). Também não vou comparar com Jogos Vorazes, apesar de ser um entretenimento tão bom quanto e ter assuntos bem próximos. Vou sintetizar: um futuro próximo, estamos em Chicago, mundo pós guerra e numa sociedade pacifica e dividida em 5 facções, onde cada uma contribui com um diferente setor da sociedade. As 5 facções estão simplificadas na imagem abaixo:


Aos 16 anos todas as crianças devem fazer um teste de aptidão para saber em qual se enquadram, mas a escolha é deles. E os que não se enquadram em nenhum desses, você me perguntará. Esses são os sem-facções, uma espécie de sem teto, cuidados pelos cidadãos da Abnegação. Há os que se enquadram em mais de uma facção e são vistos como os divergentes, uma ameaça à paz e a estrutura definida. Facção a frente da Família é o lema dessa nova sociedade A partir dessa premissa, muito interessante e atrativa é que "Divergente" evolui. Um mundo muito próximo do nosso, talvez com 5 continentes, 5 "povos", os abandonados e os intrometidos.



Quem nos conta a história é Beatrice, uma menina próxima à fazer a sua escolha. Criada na Abnegação, tem em seus pais um motivo de grande orgulho. Ajudar ao próximo é gratificante. Mas há dentro da menina algo a mais. Algo diferente. Ela vê na Audácia uma ousadia que lhe enche o peito. A partir de seu teste uma confusão mexe com sua cabeça ao saber que é uma divergente. A escolha pela Audácia surpreende seus pais, mas que nunca a abandonarão. Sabem que tem uma filha diferente. Ao chegar na sua "nova casa" muda de nome para Tris e percebe que precisará trabalhar muito forte na parte física para se destacar. Há também os testes de invasão da mente, um ótimo destaque da trama. Contará com a ajuda de Quatro, um jovem que se destacou muito na Audácia. Um romance surge e certamente causará alvoroço nas adolescentes. Tem mais carisma que o casal da Saga Crepúsculo.



"Divergente" evolui bem, de forma lógica e inteligente, enfocando assuntos interessantes como massificação de informação, domínio entre as facções, disputa da liderança da sociedade pelos representantes de cada facção, jogos de guerra. Muito interessante toda a lógica e com um resultado muito bom. Claro que há o relacionamento entre Tris e Quatro, mas não é o ponto central. Há absurdos, como sempre haverão, mas é uma ficção, apesar das semelhanças com esse mundo que vivemos. Shailene e Theo James tem bons rostos, atuações boas para novatos e carisma. Kate Winslet é a única atriz estrelada do filme e está ótima como Jeanine, representante da Audácia. Bom ritmo. Lindas locações. E trilha sonora modinha jovial, mas que casa muito bem. Se Jogos Vorazes embalou no segundo filme (na minha opinião), aqui já embalou logo no primeiro. Mas não vou mais citar... Sem comparações... Que venham os próximos filmes. Que mantenham a coerência e a lógica. Que façam mais entretenimento inteligente como esses.

Vitor Stefano
Sessões

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