Mad Max: Estrada da Fúria


Nome Original: Mad Max: Fury Road
Ano: 2015
Diretora: George Miller
País: Austrália e EUA
Elenco: Tom Hardy, Charlize Theron, Nicholas Hoult, Hugh Keays-Byrne e Zoë Kravitz.
Sem Prêmios.
Mad Max: Estrada da Fúria (2015) on IMDb


Bem que podia ser o novo clipe da Valesca Popozuda. Tiro, porrada e bomba, mulheres lindas de lingerie, sujas e num ambiente hostil. Até um trio elétrico com guitarras e bumbos já estava lá. De fundo dançarinos ao estilo walking dead, rostos brancos, olhos roxos, magricelas, ágeis e animadinhos. Umas fantasias bizarras, umas máscaras de dar inveja a “Cinquenta Tons de Cinza”, explosões, perseguições e um galã bonitão, que pouco fala, que pouco diz, que pouco aparece. Tudo para parecer que o clipe é feminista, mas onde é feminista quando aquelas modelos da Victoria Secrets desfilam seminuas sob olhar de marmanjos que dominam a área. Mas esse é o estilo Valesca Popozuda, Anitta e que tais - as Kelly Keys dessa geração. Mas aqui no Sessões estamos falando de clipes musicais agora? Não, isso é o novo Mad Max.

Calma, fãs que já intitularam de “Mad Fucking Max”. Talvez vocês não gostem desses novos funks, nem eu, mas os clipes dessas cantoras são bem feitos e tem seu apelo visual. Algo que “Estrada da Fúria” tem de sobra. Visualmente é um dos filmes mais impressionantes dos últimos anos. Algo comparável a “Apocalipse Now” por alguns momentos. A alternância da paleta de cores, entre o azulado e a aridez do deserto dá realmente um choque impressionante. Estamos num mundo quase inabitável e ermo onde os conflitos são por falta de água. Mas o roteiro é ruim? Não. Até porque nem um filme é. São apenas sequencias de perseguições sem apelo, sem conteúdo, sem nexo. Persegue-se ação pela ação, que é apenas agraciado pela beleza de Charlize Theron, mesmo sem um braço na pele de Furiosa. E o tal do Max, de mad mesmo não tem nada. Até acho Tom Hardy um ator com potencial, principalmente após ver “Locke”, mas aqui precisávamos de um ator mais... aliás, menos canastrão. Poucas palavras, duro nas cenas de luta, sem aplo para ser um Mad Max. Nos faz sentir saudades de Mel Gibson dos primeiros filmes da série.

Mesmo sendo o mesmo diretor da trilogia inicial, George Miller evoluiu o filme visualmente, mas não evoluiu em roteiro, apenas o adaptou à crise da água que o planeta vive e viverá nas próximas décadas. Theron é ótima e é o ponto central do filme. Mas não me venha dizer que é um filme feminista. Também não é machista. É apenas um filme de perseguições sem fim. Ainda bem que só tinha duas horas de filme. O George deveria ter ouvido a música que a Tina Turner: "We Don't Need Another Hero". Ficasse só até o Mad Max 3.


Vitor Stefano
Sessões

Comentários

  1. Mad Fucking Max my ass.
    Você é demais, Vitor!!
    Concordo com tudo o que li ;)

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