Samba
Ano: 2014
Diretora: Olivier Nakache e Eric Toledano
País: França.
Elenco: Omar Sy, Charlotte Gainsbourg, Tahar Rahim e Izïa Higelin.
Sem Prêmios.
Samba é um imigrante ilegal e que tem em seu tio o único parente vivendo na França. Ele trabalha como assistente de cozinha (de forma irregular) e, como é sabido, há um grande cerco contra os ilegais na Europa. A polícia fica de olho em qualquer suspeita e em uma dessas ações Samba é preso e começa o processo de deportação. Por outro lado está uma ONG que acolhe e defende pessoas nessa situação. Samba é acolhido pela voluntária Alice, uma mulher cheia de problemas pessoais e psicológicos e que está na ONG como parte de sua recuperação. O tema é atual e denso, mas esse toque romântico dá um alívio a qualquer possibilidade de depressão. E esse é o toque de mestre e já uma marca registrada da dupla de diretores Olivier Nakache e Eric Toledano.
São realmente diretores para se ficar de olho. Quem achava que “Intocáveis” fosse um golpe de sorte, “Samba” prova com ótima direção, roteiro e escolha de elenco são futuro do cinema popular e de qualidade. É um feel good movie. Conseguem pegar um problema enorme e transformá-lo em algo agradável de ver na tela. Não há profundidade nos fantasmas que a imigração ilegal e xenofobia causam, mas conseguem debater o assunto da forma mais leve possível. O tema já foi amplamente abordado no cinema, mas aqui o que realmente importa são as relações humanas. Charlotte Gainsbourg faz muito bem seu papel da desequilibrada Alice e nos faz esquecer ela em "Ninfomaníaca". Já Omar Sy é um monstro, repetindo o alto nível de atuação do filme anterior dos diretores e desponta como um ator memorável. O elenco de apoio também faz bonito, mas Nakache e Toledano merecem todos os louros. “Samba” é tão bom ou ainda melhor que “Intocáveis”.
Vitor Stefano
Sessões
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