Mommy


Nome Original: Mommy
Ano: 2014
Diretor: Xavier Dolan
País: Canadá
Elenco: Anne Dorval, Suzanne Clément e Antoine-Olivier Pilon.
Prêmio: Prêmio do Juri no Festival de Cannes e César de Melhor Filme Estrangeiro.
Mommy (2014) on IMDb


Não me abandone. Eu te amo, mãe. Eu nunca mais vou fazer nada para te preocupar, pra te deixar na mão, pra te magoar. Eu mudei completamente minha percepção de vida, eu não vou mais fugir, eu quero ficar com você, eu preciso de você, eu não sei viver sem você. Mamãe. Mamãe. Não me abandone, por favor! Eu preciso de você. Eu te odeio, mas eu preciso estará com você. Não namore um babaca como esse, ele só quer te foder, te comer e sair fora. Ele não tá nem ai para quem você é. Ele não merece você. Você e eu somos um só. Juntos somos invencíveis, inesquecíveis e odiosamente felizes. Quero te amar, mas odeio você. Você é repugnante. Abre um vinho para nós, chama a vizinha pra ficar com a gente. Eu a quero pra mim. Quero amá-la. Quero te amar. Liberte-me dessa vida. Eu não quero mais nada de você, mas não me abandonem. Eu não viveria sem você. Liberte-me. Liberte-me. Me solta! Me solta!

Diane é uma mãe viúva que está sobrecarregada com a vida e foi surpreendida pela expulsão do filho do internato ao qual estava confinado. Steve sofre de déficit de atenção, mas a olhos nus parece bipolaridade. Uma mulher cabisbaixa, depressiva e que consegue com os bons momentos com o filho recuperar a autoestima. Brigas constantes entre os dois deixam o panorama mais complexo do que um sobe e desce de uma montanha russa. A relação dúbia entre prova que o amor nem sempre é suficiente para amar. O amor é confuso, complexo, difícil. O destino trouxe a vizinha Kyla para dentro da casa. Ela é doce, gentil e prefere deixar marido e filha em casa para cuidar de Steve, para conviver com Diane. Mas como mudar tudo de uma vez?

Xavier Dolan faz um filme terno. Dificil não se cativar, se interessar pelos personagens em seus extremos. Ele consegue extrair seiva densa da vida dos três personagens. Ele espreme numa tela 1:1 que nos incomoda. Essa é realmente a intenção. Mas com trilha sonora moderninha, bem encaixada, num roteiro duro, mas dinâmico, “Mommy” se torna um belo filme sobre amor. De amor. Belíssimas atuações de Anne Dorval e Suzanne Clément. Antoine Pilon, que vive Steve, por vezes ultrapassa o limite da atuação, mas consegue expor a sua dificuldade de seu personagem conviver em sociedade por conta do déficit de atenção. Bonito filme.

Vitor Stefano
Sessões

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